|
bunker |
![]() |
![]() |
O projecto WAR IN THEORY, cuja parte I (Grenades in their eyes) foi apresentada na exposição Jetlag (Reitoria da Universidade de Lisboa, Junho/Julho de 1995), pretende afirmar-se como uma análise multidisciplinar do fenómeno bélico e das questões que lhe estão associadas. Consiste, no essencial, na recolha selectiva e respectiva apresentação de textos ligados à estratégia. Cada uma das apresentações das antologias corresponde a uma intenção declarada de análise direccional de um determinado problema. |
Na guerra querem-se ideias simples e precisas. |
PARTE
I |
PARTE II "Por isso dizemos que a guerra não pertence nem ao campo das artes nem ao das ciências, mas ao campo da vida social. É um conflito de grandes interesses que é resolvido com derramamento de sangue e só nisso é diferente dos outros. Em vez de a comparar com qualquer arte, seria melhor assemelhá-la a uma competição de negócios, o que também é um conflito de interesses e actividades humanas; e é ainda mais parecido com a política do Estado que também, por seu lado, pode ser considerada como uma espécie de competição de negócios em grande escala. Além disso, a política do Estado é o ventre onde a guerra se desenvolve, onde o seu contorno jaz encoberto num estado rudimentar, tal como as qualidades das criaturas vivas nos seus germes." Carl
von Clausewitz Essa publicação, embora integrada no projecto War in Theory, alargou a área de investigação a questões especificamente ligadas à acção empresarial. Num mundo em que tudo, pelo menos aparentemente, se globaliza, tornam-se cada vez mais fortes os vínculos entre estas duas esferas (a económica e a militar). Contudo, a discussão destes problemas passa normalmente pelo lado mais epidérmico dessas conexões, como é o caso da indústria de armamento e do seu peso na economia mundial. Optei, assim, pela análise do elo menos palpável e cuja informação circula apenas nos meios da especialidade: a identidade estrutural e conceptual entre a estratégia militar pura e a estratégia empresarial. Ao expor essas máximas de actuação estarei também a aproximar-me da abjecção e repulsa que muitas delas, quando analisadas em absoluto, provocam. |